APT. é uma música da Rosé, principal vocalista da banda coreana Blackpink; com o aclamado e talentoso Bruno Mars.
Quando você soube da parceria entre a Rosé e o Bruno Mars, você esperava por uma música tal como APT.? Assim como eu, você estava esperando por uma baladinha romântica, típica do gênero que ambos costumam entregar?
A sensacional APT. quebrou todos os protocolos! Com um lançamento sem muitos anúncios, sem prazo delongado e sem frescuras, no dia 18 de outubro de 2024 fomos contemplados com uma música simplesmente viciante, vibrante e irresistível.
A primeira música divulgada do álbum solo da Rosé tem uma melodia de dois acordes do tipo chiclete, que não sai da cabeça. Ela provoca um quentinho no coração nostálgico uma vez que lembra as músicas do início dos anos 2000 ou até mesmo hits dos anos 60 e 70. A batida se assemelha bastante com a da divertida That’s Not My Name, da The Ting Tings, não acha?
Nessa deliciosa mistura de pop com rock de garagem você não encontrará qualquer semelhança com o gênero que a Rosé apresenta no Blackpink.
Aliás, te garanto que você nunca viu a Rosé do jeito como ela aparece performando e cantando em APT. Divertida, leve, alegre e especialmente carismática. Parece que ela nos apresentou sua real face.
No Blackpink a Rosé é ótima, aliás, as quatro são ótimas juntas. Não sei se somente eu tenho esta impressão, mas tu não acha que a Rosé não tem especificamente a cara do Blackpink? Lisa e Jennie indubitavelmente transmitem o apelo do grupo, mas não sei . . . não vejo na Rosé uma identidade condizente com o gênero do quarteto. Também não imagino o grupo sem ela, todavia, pra mim é evidente que, seguindo uma linha solo, Rosé trilharia outro caminho.
E esse caminho que começou com APT. para mim é exatamente por onde ela deve caminhar.
APT. é uma música muito alegre, é simplesmente impossível ficar triste ouvindo. Quando você escuta, sente vontade de ficar dançando de um jeito bobo.
Quanto à participação do Bruno Mars, a parceria não poderia ser melhor escolhida! Além da inconfundível qualidade vocal e artística, o Bruno traz diversão à produção. Eu não consigo imaginar outro cantor senão o Bruno nesse dueto. Quando as vozes deles se misturam, o resultado é: “Uau! Eles deveriam cantar mais vezes juntos.”
Bruno Mars, inclusive, deve ter ficado muito animado com a participação em APT. Além de a música ocupar o primeiro lugar do top global, ela tem a cara do Mars. E o clipe também! Somando ao fato de ele estar totalmente à vontade com o jeitão Mars de ser, podemos notar elementos cartoonistas, por assim dizer, presentes em outros vídeos do Bruno que permitiram aos fãs do cantor perceber que ele está se sentindo em casa com este projeto.
O pré-refrão da música é incrível, de ficar ansiosa esperando por esta parte. E no final, um surpreendente coro da Rosé com o Bruno faz você se arrepiar e querer ouvir a música em looping.
O clipe é tão criativo que a vontade que eu tenho é de sempre que ouvir a música, assistir o vídeo conjuntamente. Os recortes e as edições do clipe são sensacionais, ficou um vídeo atemporal, de produção muito simpática e agradável. Destaque para as partes com estética vintage, especialmente no começo do clipe.
Numa era de clipes onde há diversas trocas de cenário e figurino bem como coreografias super elaboradas, APT. veio com uma projeto aparentemente simples para olhos leigos. O cenário é um só – paleta de cores rosa, preto e branco, um amplificador, duas guitarras, uma bateria e uma dupla divertidíssima. No entanto, nem de longe a produção é monótona ou repetitiva. Pelo contrário! Quando termina, tu pensa: “de novo!”
Nestes menos de três minutos, podemos desfrutar da incrível sintonia e inegável química entre Rosé e Bruno Mars. A começar, eles estão super fofos vestindo jaquetas de couro pretas semelhantes. As interações entre eles são muito amáveis, sempre dou risada quando assisto. É bem legal quando o Bruno fica na bateria enquanto a Rosé canta; e, quando na vez do Bruno cantar, a Rosé reveza com ele na bateria tocando freneticamente.
É fofo demais quando eles fazem movimentos sincronizados e dançinhas envolventes, quando a Rosé tira o óculos do Bruno, ele faz aquela cara de descontentamento e ela abraça ele, quando eles brigam pelo microfone, . . . tudo! A interação deles é bem magnética. Quando você assiste o clipe, a sensação de ver os dois juntos é a mesma de acompanhar dois melhores amigos que tem tudo pra virar um casal, sabe?
A ambientação do clipe é super legal. Você notou que ele é acelerado? Para ganhar este efeito, certamente o trabalho de produção foi exaustivo. Provavelmente a Rosé e o Bruno tiveram que cantar a música num ritmo mais lento para, com a aceleração do vídeo, o vocal ficar sincronizado. Deve ter sido uma trabalheira, hein?
Na minha opinião, das produções solos que as meninas do Blackpink nos apresentaram até então, esta da Rosé é a melhor. A Lisa arrasou com Rockstar e a Jennie está poderosíssima em Mantra. No entanto, ficou algo dentro do esperado, certo? Clipes com coreografias bem elaboradas, um quê de sensualidade e aquele apelo de empoderamento que pra mim já está um tanto quanto cansativo.
Creio que será o solo mais cativante porque apesar de eu ser muito fã da Lisa, da Jennie e da Jisoo, dentre todas as artistas do grupo, a Rosé é quem mais exala musicalidade. É como se as demais meninas tivessem sido produzidas para se tornarem o fenômeno que são, enquanto a Rosé naturalmente é assim.
Nascida em Auckland, Nova Zelândia, e criada em Melbourne, Austrália, Rosé sempre teve uma afinidade natural com a música. Ela costumava cantar no coral da igreja e aprendeu a tocar piano e violão desde muito jovem, o que moldou sua sensibilidade artística.
Além disso, ela é uma notável compositora. Além de participar na produção de APT., Rosé também teve envolvimento na composição e escrita de Lovesick Girls, da banda Blackpink; e de seus singles Gone e On the Ground.
Rosé tem uma ampla gama de influências musicais que nos ajudam a entender um pouco mais da escolha e produção de APT. Rosé já mencionou que tem Tori Kelly como inspiração e admira a técnica e talento da cantora. É também fã de Taeyang, figura icônica na música K-pop; Adele, pelo seu controle vocal e profundidade emocional; e do estilo melódico da banda Coldplay.
Nossa querida coreaninha de cabelos loiros também já mencionou admirar a vulnerabilidade que Halsey expressa em suas canções; e o talento multifacetado de John Mayer, que é um grande compositor, instrumentista e cantor.
Rosé já citou a banda indie australiana The Paper Kites como uma de suas preferidas, já revelou apreciar a intensidade emocional das músicas do Nirvana, e ser fã de Oasis e The Strokes.
Quem diria que Rosé tinha essas referências musicais, né?
APT. é o nome de um famoso jogo sul-coreano de bebida. Rosé explica:
“APT. é, na verdade, o meu jogo de bebida coreano favorito que jogo com meus amigos de casa. É tão simples, te faz sorrir e quebra o gelo em qualquer festa. Em uma noite no estúdio, ensinei meu pessoal a jogar. Todos ficaram fascinados, especialmente quando comecei a parte de cantar, então brincamos com a ideia e eu sugeri que fizéssemos uma música sobre isso e, depois que Bruno entrou na faixa, o resto virou história!”
A ambiguidade de APT no sentido do jogo e também como sigla de apartamento ficou muito inteligente e apropriada na composição.
Pra mim, APT. tem tudo pra se tornar uma música icônica, que vai ser tocada em festas por gerações e relembrada com muita vibração e entusiasmo. Pois é, meus amigos, This is Rosé!