Todos nós temos aquele ator, aquela atriz, talvez aquele cantor ou aquela cantora de quem somos muito fãs. Se em algum momento estivéssemos na presença deles, o que faríamos? Como reagiríamos? Certamente a emoção seria imensa!
Fico pensando em algo que não tem legião de fãs e, todavia, causa uma mais vibrante comoção – o corpo humano.
Depois que um médico cirurgião faz o corte na pele do paciente, secciona a fáscia, abre espaço com os afastadores e finalmente tem acesso aos principais órgãos da fascinante máquina que é o corpo humano, será que a reação dele é similar à de encontrar um ídolo? Como que: “Uau, então é aqui dentro que tudo acontece?”
Pode ser que com o tempo eles se acostumem com a sensação, mas ao meu ver, ter este contato tão próximo com algo que gera tanto fascínio deve ser como de separar com um ídolo.
A seguir, compartilho com vocês alguns fatos que fazem de mim uma grande fã do corpo humano.
DNA – um diminuto gigante dentro do corpo humano
A cor dos seus olhos, sua altura, seus traços de personalidade, seu ritmo circadiano, sua capacidade atlética e até sua tolerância à lactose estão definidas em seu DNA.
O DNA, ou ácido desoxirribonucleico, é um impressionante código armazenado em segurança dentro do núcleo de praticamente todas as células do corpo humano.
Sua longa molécula, formada por duas fitas paralelas, assemelha-se a uma longa escada em espiral.
Podemos comparar o DNA a uma receita, ou programa, que coordena a formação, o crescimento, a manutenção e a reprodução dos trilhões de células que compõem o corpo humano.
As unidades básicas que constituem o DNA são denominadas nucleotídeos. Elas são chamadas de A, C, G e T, dependendo da base nitrogenada que contêm. Assim como as letras do alfabeto, esses quatro caracteres podem ser combinados de muitas maneiras para formar “sentenças”, isto é, instruções que coordenam a reprodução e outros processos dentro da célula.
O pacote completo de informações armazenadas em seu DNA é chamado de genoma.
Seu genoma pode ser comparado a uma grande biblioteca cheia de receitas para cada parte do seu corpo, e o resultado disso é você.
Qual é o tamanho dessa “biblioteca”?
Se as os nucleotídeos fossem convertidos nas letras do alfabeto, certa referência diz que elas ocupariam mais de um milhão de páginas de um livro comum.
Impressionante, não é mesmo?
E tem mais.
Na maioria dos organismos, o DNA está agrupado em estruturas semelhantes a fios, os cromossomos, que ficam armazenadas com segurança no núcleo de cada célula. Tais núcleos possuem diâmetro de cerca de 5 micrômetros.
Ou seja – todas as informações que produzem o incomparável corpo humano são encontradas em minúsculos pacotes que só podem ser vistos através de um microscópio!
Uau!
Muito mais que Whey Protein
Sem o trabalho de equipe do DNA e das moléculas de proteína simplesmente não haveria vida na Terra.
Poteínas são grandes e complexas moléculas que desempenham uma imensa variedade de funções essenciais para o funcionamento do nosso sistema biológico.
Um exame minucioso do corpo humano revela que somos constituídos primariamente de moléculas de proteína. Calcula-se que elas representam mais da metade do peso seco da maioria dos organismos.
As proteínas compõem-se de pequenos “blocos de construção” chamados aminoácidos. Alguns destes são fabricados pelo próprio organismo, outros vêm da alimentação.
As proteínas têm muitas funções.
A função específica de cada proteína é determinada pelo seu gene de DNA. Por exemplo, a hemoglobina, presente nos glóbulos vermelhos do sangue, transporta oxigênio por todo o corpo. Há também os anticorpos, que ajudam o corpo a prevenir doenças. Outras proteínas, como a insulina, ajudam a metabolizar os alimentos e a controlar várias funções celulares. Talvez existam milhares de tipos de proteínas no organismo. Talvez centenas numa única célula!
Uma proteína comum pode conter de 300 a 400 aminoácidos.
De acordo com uma obra de referência, existem centenas de aminoácidos na natureza, mas apenas cerca de 20 tipos são encontrados na maioria das proteínas.
Esses aminoácidos podem ser dispostos em um número quase infindável de combinações. Imagine: se apenas 20 aminoácidos formam uma cadeia do tamanho de 100 aminoácidos, essa cadeia pode ser organizada em mais de 10100 maneiras diferentes — ou seja, 1 seguido de 100 zeros!
O que isso significa, em termos práticos?
Graças a estas combinações, nosso corpo humano é capaz de realizar milhares de funções biológicas especializadas bem como responder a desafios ambientais e imunológicos.
Em termos de comparação, é como ter um “kit de Lego” com peças ilimitadas, permitindo construir de tudo, desde ferramentas simples até estruturas incrivelmente complexas e personalizadas!
Cérebro, o astro do corpo humano
O biólogo molecular Michael Denton, em seu livro Evolução: Uma Teoria em Crise, disse: “O cérebro humano é constituído de cerca de 10 bilhões de células nervosas. Cada célula nervosa produz cerca de 10 mil a 100 mil fibras de conexão por meio das quais faz contato com outras células nervosas do cérebro. Ao todo, o número de conexões no cérebro humano aproxima-se de um quatrilhão.”
Ele continua: “Mesmo se apenas um centésimo das conexões no cérebro fossem especificamente organizados, isso ainda representaria um sistema que contém um número muito maior de conexões específicas do que na inteira rede de comunicações da Terra.”
Esta é uma bela introdução para falar do estupendo cérebro humano!
Este órgão, que pesa, em média, 1.300 gramas, é o que mais demanda sangue e oxigênio do corpo humano – são 20% do sangue e 25% do suprimento de oxigênio total de nosso organismo. No entanto, o cérebro é extremamente eficaz. Um investigador afirma que metade dum amendoim fornece energia suficiente para uma hora de intenso esforço mental.
As estimativas a respeito do número de neurônios do cérebro variam de 10 bilhões a 100 bilhões e de 100 trilhões a 500 trilhões de conexões de neurônios, ou sinapses.
A cada segundo, uns 100 milhões de bits de informações chegam ao nosso cérebro, provenientes dos vários sentidos. E já reparou como ele nunca fica soterrado por esta inundação? Pensamos em uma única coisa por vez, entretanto, nossa mente processa estes milhões de mensagens simultaneamente! E digo mais – com facilidade.
Quanto o nosso cérebro é capaz de aprender?
Essa questão continua a fascinar e intrigar os pesquisadores. Em The Brain Book (O Livro do Cérebro), Peter Russell escreveu: “Quanto mais se aprende sobre o cérebro humano, mais se descobre que sua capacidade e seu potencial estão bem além das conclusões anteriores.”
A respeito da memória, por exemplo, nosso cérebro tem uma capacidade enorme. “A memória não é como um recipiente que gradualmente fica cheio”, diz Russell, “ela se parece mais com uma árvore que produz ganchos onde as memórias são penduradas. Tudo o que você lembra é outro grupo de ganchos onde novas memórias podem ser colocadas. Assim, a capacidade de memorizar está em constante crescimento. Quanto mais você sabe, mais pode saber”.
De fato, cientistas descobriram que o cérebro humano pode armazenar informações que “encheriam uns vinte milhões de volumes, tantos quantos os existentes nas maiores bibliotecas do mundo”.
Além de ser essa formidável usina de ideias e memórias, o cérebro é também um órgão flexível. Ou seja, nosso corpo humano é composto de um órgão que não é pré-definido pela genética e fatores fora de nosso controle. O cérebro é capaz de ser moldado segundos nossos hábitos e nossas experiências.
“Ninguém suspeitava que o cérebro fosse tão mutável como a ciência agora sabe que ele é”, escreveu o autor Ronald Kotulak, ganhador do prêmio Pulitzer. Após entrevistar mais de 300 pesquisadores, ele concluiu: “O cérebro não é um órgão estático; é uma sempre mutável massa de conexões de células profundamente afetadas pela vivência.” — Inside the Brain
E você sabe como nosso cérebro registra sensações vindas do tato, da audição, da visão e do olfato?
Nem os cientistas sabem exatamente!
“Não há nenhuma pista em seu cérebro que ajude a entender como você vê as palavras que está lendo agora”, disse o cientista Gerald L. Schroeder.
Ele também escreveu: “Descobertas dos anteriormente inimagináveis mecanismos complexos do cérebro têm colocado em xeque a simplista teoria da evolução acidental.” E acrescentou: “Se Darwin tivesse conhecimento da sabedoria oculta na vida, tenho certeza que ele teria apresentado uma teoria bem diferente.”
Certo pesquisador disse que, depois de milhares de anos de especulação e de recentes décadas de intensivas pesquisas científicas, o nosso cérebro, junto com o universo, continua sendo “essencialmente misterioso”.
O fascinante sistema sanguíneo
Consideremos também o excepcional sistema sanguíneo, que comanda bela e harmoniosamente a orquestra venosa do corpo humano.
Com respeito aos glóbulos vermelhos, o livro ABC’s of the Human Body declara: “Uma única gota de sangue contém mais de 250 milhões de glóbulos sanguíneos distintos . . . O corpo contém talvez 25 trilhões deles, o suficiente, se estendidos, para cobrir quatro quadras de tênis . . . Substituições ocorrem num índice de 3 milhões de células novas por segundo.”
Os glóbulos vermelhos, responsáveis pela coloração de nosso sangue, são surpreendentemente pequenos. Num milímetro cúbico, cerca do tamanho do pingo do “i”, há cinco milhões de glóbulos vermelhos dentro do corpo humano de um homem. Se for mulher, há meio milhão a menos. Cada glóbulo vermelho é um diminuto disco arredondado ligeiramente côncavo dos dois lados. É definitavamente impossível vê-los a olho nu, pois são necessários 1.280 deles, colocados lado a lado, para que atinjam um centímetro.
A cada segundo, gastamos e removemos pelo baço e pelo fígado cerca de 1,2 milhões de glóbulos vermelhos.
E agora? Estamos com problemas?
Definitivamente não, uma vez que o ferro e outros importantes materiais de nossos glóbulos vermelhos gastos são usados de vários modos, inclusive na fabricação de novas células.
Os glóbulos vermelhos tem um curto período de vida – cerca de quatro meses. Como essas geniais células costumam usar seu período de existência?
A respiração é a função básica dos glóbulos vermelhos.
Assim como eu, talvez você associe a respiração com seus pulmões. Todavia, como é que o oxigênio no ar que respira chega dos seus pulmões até os 60 trilhões de células de seu corpo?
Seus glóbulos vermelhos cumprem esse papel!
Em nossos pulmões, cada glóbulo vermelho capta oxigênio, assim como um caminhão que é carregado em um depósito.
Daí, ocorre rápida viagem para entregar isto aos fregueses, as células do corpo. De seus pulmões, o sangue dirige-se ao coração, onde recebe forte impulso, levando-o a artérias progressivamente menores, até que atinge os minúsculos capilares através de seu corpo.
À medida que cada glóbulo vermelho passa em fila indiana por um capilar, ele rapidamente entrega sua carga de oxigênio e apanha uma carga para a viagem de volta.
As nossas células então “queimam” oxigênio e nutrientes a fim de produzir energia para nosso corpo humano se mover, pensar e manter-se aquecido.
Assim, na breve passagem através de seus capilares, o sangue entrega oxigênio e coleta o subproduto, bióxido de carbono, que é trazido de volta aos pulmões para ser lançado fora.
Sobrepujados em número, mas não em importância, pelos seus colegas vermelhos, há os glóbulos brancos. São cerca de 5.000 a 10.000 em cada milímetro cúbico de sangue.
Diferente dos glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos são independentemente móveis. Podem ir para onde são necessários, quer na corrente sanguínea quer fora dela. Expresso de modo simples, sua tarefa crucial é a defesa. Sim, os glóbulos brancos constantemente salvam sua vida!
Há diversos tipos de glóbulos brancos.
Dois deles, os granulócitos e monócitos, atuam como “policiais” sempre vigilantes. Talvez você arranhe o braço por acidente, abrindo acesso para que perigosas bactérias penetrem em seu corpo.
Imediatamente, estes “policiais” são recrutados.
Os glóbulos brancos, então, atravessam as paredes de seus capilares e atacam as bactérias invasoras, digerindo-as com potentes enzimas. O pus que se forma no local duma infecção é a prova de que os linfócitos estão atuando, pois ele é mormente o resultado de glóbulos brancos e bactérias derrotadas.
Os glóbulos brancos também respondem se houver uma infecção em seu corpo, tal como apendicite. Sendo assim, se seu médico identifica uma elevada contagem de glóbulos brancos no resultado de seu exame de sangue, estamos diante da constatação de que alguma moléstia em seu corpo está causando uma infecção aguda.
Os conhecidos linfócitos, que são outro tipo de glóbulos brancos, estão envolvidos na criação de imunidade e na resistência de infecções.
De algum modo, os linfócitos reconhecem o que faz parte de seu corpo e o que é estranho.
Por exemplo, se a pele de uma parte de seu corpo for enxertada em outra parte, é provável que adira e sobreviva. Mas, se a pele for de outra pessoa, os linfócitos migrarão para tal área, reconhecerão que “isso não é meu” e começarão a rejeitá-la. Essas componentes possuem também uma “memória” que o ajuda a ficar imune a várias doenças.
Conversamos sobre tão poucos fatos acerca desta surpreendente máquina que é o corpo humano e, no entanto, nos deparamos com informações incrivelmente assombrosas que nos permitem identificar que independentemente de quem somos, em comum “carregamos” um super hiper incrível ídolo dentro de nós que legitimamente merece todos os aplausos e as aclamações!