A farsa do protetor solar

O mito do filtro solar
E se eu te der motivos sólidos para te fazer repensar na arbitrária necessidade de passar protetor solar todos os dias?

É realmente fundamental usar protetor solar todos os dias?

A resposta popular é sim. A minha resposta, no entanto, é não – não é preciso usar filtro solar todos os dias, a todo momento.

Se você concorda comigo, vai concordar com os argumentos a seguir. Caso discorde, permita-me te apresentar uma nova perspectiva do assunto. E se você estiver em dúvida, essa leitura é exatamente pra ti.

Sei que minha opinião vai contra a alta maré de ondas gigantescas e revoltas de dermatologistas, empresas de cosméticos, influenciadores e até músicos, por que quem aqui na lembra que até o Pedro Bial fez uma espécie de música intitulada: “Use filtro solar”?

Apesar da ampla audiência que é contra este pouco convencional conceito, o ponto de vista que apresento tem boa fundamentação e sensatez.

Não. Estou longe de ser uma profissional da saúde quem dirá da cosmetologia! Mas já que de médico e de louco todo mundo tem um pouco, aqui vou eu! 😁

“Use filtro solar”

Notou quão imperativo é o uso do filtro solar? Não me parece uma opção ou uma sugestão. É praticamente uma regra. Seja no consultório de sua dermatologista ou nas suas buscas na Internet, é rara a possibilidade de você escapar sem essa prescrição.

De fato, assim como é proibido dirigir sem carteira de motorista e é proibido viajar sem passaporte, é proibido sair de casa sem filtro solar. Aliás, mesmo se você não sair de casa. É terminantemente proibido passar o dia sem usar filtro solar.

Estou exagerando?

Veja alguns recortes de buscas recentes pelo assunto no Google.

Recortes do Google sobre a necessidade de uso contínuo de filtro solar

Até o ChatGPT está fortemente influenciado pela ditadura do filtro solar.

Chat GPT opina sobre o uso de filtro solar

O uso do filtro solar é, de fato, tão necessário como há décadas ouvimos falar?

Use o sol

Uma questão que silenciosamente habitava no meu ser há já algum tempo foi bruscamente despertada quando assisti ao pequeno recorte de um vídeo onde a apresentadora e modelo Isabella Fiorentino afirma ter curado o seu melasma facial quando deixou de usar excessivamente filtro solar e se expôs com mais frequência e intensidade à radiação solar.

Digno de nota que ela salienta que sim, ocasionalmente ainda faz o uso de filtro solar, até porque ela é surfista e fica horas exposta ao sol. Mas ela não usa protetor solar da forma como há toda vida somos ensinados a fazer.

Na minha opinião, a forma como ela elaborou sua “defesa” a nos expormos ao sol sem a barreira do protetor solar foi muito coerente e no próximo post detalharei em miúdos.

Mas cabe aqui a expressão de um pensamento que sempre pairou em meu consciente:

Quem falha, quem erra, quem danifica, quem acha que descobriu a oitava maravilha do mundo para anos depois ser constatado que a maravilha era uma desgraça; é o ser humano. A natureza não falha, não erra, não danifica, não se engana.

Como o sol, uma estrela de tamanha magnitude e poder, ficaria assim – aberta e nuamente escancarada na imensidão do céu – se fosse tão nociva como dizem? Na Criação, não me lembro de nada que é abundante e acessível que incorra em risco letal ao ser humano.

Será que é o sol, algo tão inclusivo e democrático, o grande culpado das acusações que sofre?

A farsa do protetor solar

A ideia de que devemos usar protetor solar todos os dias – até mesmo no inverno e inclusive quando não colocamos os pés para fora de casa – tem se mostrado um equívoco.

Dados do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos mostram que a taxa de novos casos de melanoma quase triplicou nas últimas quatro décadas – de 7,89 por 100.000 habitantes em 1975 para 23,57 para a mesma quantidade de habitantes em 2010.

Ora, se nas últimas décadas a propaganda de utilizar filtro solar o tempo todo se intensificou, por que a incidência de câncer de pele aumentou tão dramaticamente?

Evitar o sol aplicando filtros solares cheios de produtos químicos e toxinas bloqueia a forma mais absorvível de vitamina D: a luz solar.

Embora possamos obter vitamina D de fontes alimentares, a maioria das pessoas sofre de estresse, inflamação e distúrbios digestivos, fatores que inibem a absorção de nutrientes e vitaminas dos alimentos que comemos.

Pesquisas mostram que três quartos dos adolescentes e dos adultos dos EUA são deficientes em vitamina D, e uma pesquisa sobre prevenção do câncer sugeriu que um nível adequado de vitamina D no sangue oferece proteção contra queimaduras solares e câncer de pele.

Ou seja: não ter vitamina D suficiente no sangue nos torna mais suscetíveis a melanomas e problemas de pele. Que ironia, hein?

E tem mais: sabia que a ligação entre o melanoma e a exposição solar não está comprovada e não há provas conclusivas que sustentem que as queimaduras solares conduzam ao câncer?

Há bases para crer que uma das principais contribuições para o aumento de doenças de pele são os produtos químicos tóxicos presentes nos protetores solares comerciais.

Nossa pele é o maior órgão do corpo e é extremamente porosa, absorvendo tudo o que colocamos nela.

Um estudo analisou as taxas de absorção pela pele de produtos químicos encontrados na água potável e mostrou que a pele absorveu uma média de 64% da dosagem total de contaminantes. Isto não só afeta a nossa pele, como também causa danos aos nossos órgãos internos.

Uma recente pesquisa do EWG (The Environmental Working Group) revelou que os produtos químicos comumente usados ​​em protetores solares são desreguladores endócrinos, estrogênicos e podem interferir na tireoide e em outros processos hormonais no corpo.

O protetor solar químico mais comum, a oxibenzona, foi encontrado em 96% da população americana num um estudo recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos. Isto é especialmente alarmante, uma vez que a oxibenzona é considerada um desregulador endócrino – pode reduzir a contagem de espermatozoides nos homens e pode contribuir para a endometriose nas mulheres.

Dos mais de 1.400 protetores solares testados pelo EWG, apenas 5% cumpriram os seus padrões de segurança e mais de 40% foram listados como potencialmente contribuintes para o câncer de pele.

Uma das razões que explica porque o protetor solar pode levar ao câncer de pele é que um derivado da vitamina A, o palmitato de retinila – frequentemente encontrado nas fórmulas de filtro solar – demonstrou acelerar o crescimento de células cancerígenas em 21%.

E o que dizer dos cada vez mais populares protetores solares em spray?

Estes apresentam perigos adicionais, especialmente se inalados. A Consumer Reports, dos Estados Unidos, alerta que filtros solares em spray não devem ser usados ​​em crianças e que os adultos devem ter o cuidado de não usá-lo no rosto tampouco inalá-los.

Muitos protetores solares também contêm metilisotiazolinona, que a Sociedade Americana de Dermatite de Contato nomeou como “alérgeno do ano” em 2016.

Um relatório do EWG listou a Neutrogena como a marca de protetor solar nº 1 a ser evitada, citando altas concentrações de oxibenzona e outros produtos químicos perturbadores de hormônios, além de alegações enganosas sobre seus níveis de FPS.

Além de prejudicar o ser humano diretamente, a Ciência vem descobrindo que substâncias comuns na maioria dos filtros solares além da oxibenzona e do palmitato de retinila – como avobenzona, octisalato, octocrileno, homosalato e octinoxato – agridem muito a vida marinha.

Quando passamos protetor solar e entramos na água do mar, parte do produto é absorvido por muitos organismos lá existentes, desde algas até golfinhos. Mas os seres vivos mais prejudicados são os corais, que são essenciais para o ecossistema dos oceanos.

Vista subaquatica de corais que estão sendo prejudicados com o filtro solar absorvido pelos oceanos
Vista subaquática de corais – Freepik

Os corais podem formar estruturas belíssimas chamadas recifes. Os recifes de corais sustentam cerca de um quarto de toda a vida marinha e estima-se que pelo menos meio milhão de espécies de seres vivos necessitem destes recifes de corais durante sua vida.

Só que os corais são muito sensíveis a variações físicas e químicas na água. Se o oceano fica muito ácido, os corais ficam estressados e expulsam as algas microscópicas que fornecem nutrientes e que são as responsáveis pelas suas belíssimas cores, revelando seu esqueleto, que é branco. Esse fenômeno é chamado de branqueamento dos corais.

Os corais que sofrem esse branqueamento param de crescer e, se os danos forem muito severos, podem morrer.

Estudos científicos feitos nos últimos anos indicaram que algumas substâncias presentes em protetores solares químicos causam exatamente esse estresse que leva ao branqueamento e morte dos corais.

Esse problema é tão sério que nos últimos quatro anos alguns países começaram a proibir o uso dos protetores solares químicos aos cidadãos que vão se banhar na praia.

O Arquipélago de Palau, no Oceano Pacífico, foi a primeira nação a banir a sua comercialização e uso, em janeiro de 2020. Depois foi a vez de ilhas do Caribe como Aruba e Bonaire, bem como o Hawaii, a Tailândia e praias do México como Cancún e Playa del Carmen.

Não use protetor solar

Pelo menos não tanto assim como é propagado e pelo menos não o filtro solar químico.

A vitamina D desempenha papéis extremamente importantes no corpo, como proteção contra doenças e inflamações, promoção de ossos saudáveis, redução do risco de diabetes, ataques cardíacos, artrite reumatóide, esclerose múltipla e vários tipos de câncer.

Existem inúmeras pesquisas feitas sobre os benefícios da vitamina D, por isso é extremamente importante que a obtenhamos da maneira mais fácil e absorvível possível: novamente, o sol.

Obviamente, não estou dizendo que não devemos ter cautela na exposição (especialmente a superexposição) ao sol, no entanto, à medida que surgem cada vez mais evidências sobre os perigos de muitos protetores solares e seu potencial para aumentar as taxas de câncer de pele, é importante olhar para este tópico com mais cautela e seriedade.

Um estudo publicado no Journal of Clinical Pharmacology and Therapeutics relata que:

Os protetores solares protegem contra queimaduras solares, mas não há evidências de que protejam contra carcinoma basocelular ou melanoma. Os problemas residem no comportamento dos indivíduos que usam protetores solares para ficarem mais tempo ao sol do que normalmente ficariam. A inibição da vitamina D é, nesta fase, improvável devido ao uso insuficiente pelos indivíduos. A segurança dos protetores solares é uma preocupação, e as empresas de protetores solares têm promovido o uso de protetores solares de maneira emocional e imprecisa.

Filtros solares minerais são normalmente considerados uma opção mais segura, mas com algumas ressalvas, uma vez que alguns deles também contêm os ingredientes químicos acima mencionados e assim, apresentam os mesmos riscos.

Além disso, se forem utilizadas nanopartículas de óxido de zinco ou óxido de titânio, estas podem entrar no corpo e também acarretar riscos. Uma vez que oferecem barreiras físicas, também é mais difícil identificar com precisão o FPS de alguns filtros solares minerais.

Se a exposição solar é uma grande preocupação para você ou se você tem histórico familiar de câncer de pele, a opção mais segura é evitar os protetores solares químicos e usar a forma mais segura de proteção solar – cobrir-se. Sim, fique na sombra, use chapéu ou mangas compridas.

No próximo post te contarei como Gisele Bündchen, Isabella Fiorentina, uma asiática e uma americana de pele clara vêm usando o sol com mais autenticidade e o filtro solar com mais racionalidade.

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