Turquia – 8 lugares que eu recomendíssimo (parte II)

Chá turco com lokum, doce típico da Turquia
Na leitura de hoje tenho muito a te contar sobre Éfeso, Fethiye, Pamukkale e Ortaca; todas na Turquia. Preparados?

Na primeira parte desta postagem, que pode ser lida aqui, tivemos uma conversa muito agradável sobre Istambul, Capadócia, Ankara e Izmir, lembra?

E agora, volto para contar de mais quatro localidades da Turquia que são um tanto quanto atípicas nas recomendações que costumamos encontrar. Três delas tem paisagens naturais peculiares e exuberantes, e a outra é de rico cunho histórico, são elas – Éfeso, Fethiye, Pamukkale e Ortaca. Vamos lá?

5. Éfeso

Éfeso em Izmir, na Turquia

Eu aprecio viagens históricas e culturais. Logo, posso te dizer que já vi algumas boas ruínas no decorrer da minha vida de viajante. Mas acredite em mim – nunca vi estruturas tão bem preservadas como em Éfeso. É muito fácil criar um quadro mental de como era a vida urbana naquela localidade uma vez que as ruínas estão impressionantemente mantidas.

Éfeso atingiu seu apogeu a partir do século 1 a.C. ao se tornar um dos principais centros do Império Romano na Ásia Menor. A cidade continuou a ser habitada até o século 4 d.C., quando começou a entrar em declínio devido a uma série de fatores, como mudanças nas rotas comerciais, terremotos e ascensão de outras cidades.

Os destroços de Éfeso mostram que ela era uma cidade muito intensa, com uma mistura de comércio, religião e cultura.

Se você visitar as ruínas de Éfeso acompanhado de um guia turístico licenciado, te garanto que a visitação será impecável porque certamente você ficará com várias dúvidas que apenas um profissional conseguirá responder. E irá ficar a par de detalhes que só eles reparam.

Tenho uma excelente indicação de um guia nascido, criado e residente na Turquia que fala o português brasileiro com fluência. É um senhor idoso encantador, um poço de sabedoria, uma pérola no mundo dos guias de turismo. Se tiveres interesse, é só me escrever pedindo mais informações.

Caminhando pelas ruas da antiga Éfeso – aliás, caminharás por uma rua mantida desde a época de ouro da cidade, a Rua de Curetes – você encontrará pilares bem mantidos (que não sei como sobreviveram a grandes terremotos) e logo visualizará as ruínas da bela Biblioteca de Celsus, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade.

Biblioteca de Celsus em Éfeso, na Turquia
Biblioteca de Celsus em Éfeso, na Turquia – Fonte: Wikipedia

Éfeso, como provavelmente a maioria das cidades daquela época, continha uma Ágora, local onde os cidadãos se reuniam para discussões políticas, onde os comerciantes montavam suas barracas para vender produtos, e onde as pessoas se encontravam para conversar, socializar e compartilhar novidades, vulgo fofocar.

Mesmo que as ruínas da Ágora não estejam tão intactas quanto outras partes de Éfeso, ainda é possível ver os alicerces e as colunas que marcavam os limites desta área que é também muito interessante para os cristãos, uma vez que foi lá que o apóstolo Paulo proferiu muitos dos seus discursos aos efésios.

O ponto alto da visitação certamente foi o Teatro de Éfeso, um dos maiores teatros romanos do mundo, com capacidade para cerca de 25 mil pessoas. Ele está tão bem preservado que até hoje apresentações são feitas lá. A acústica do local é fenomenal.

Grande Teatro de Éfeso, na Turquia
Grande Teatro de Éfeso, na Turquia – Fonte: Daily Sabah

Alguns artistas que já se apresentaram no Teatro de Éfeso foram Ray Charles, Luciano Pavarotti, Elton John, Bryan Adams, Diana Ross, Sting e Julio Iglesias. Além disso, há festivais de ópera e ballet neste histórico local. Você também está imaginando quão emocionante deve ser assistir um espetáculo num local que há milênios é utilizado para o mesmo fim?

Na antiga Éfeso, tal teatro era utilizado para apresentações de peças de teatro gregas e romanas, para concertos de música e declamações, para lutas de gladiadores bem como reuniões públicas e políticas. Sabia que o apóstolo Paulo fez um discurso para milhares de pessoas neste teatro?

Templo de Artemis em Efeso, Turquia

Ártemis era a deusa da cidade de Éfeso e um templo foi erigido em homenagem a ela. O Templo de Ártemis era um dos maiores do mundo antigo. No trajeto rumo este local, eu estava com a expectativa alta, afinal, este tipo de construção costuma ser suntuosa, mesmo que apenas destroços tenham restado.

Que surpresa tive quando, ao chegar, me deparo com pouco mais do que duas colunas, conforme foto anterior. Perceba que o gato chama mais atenção do que a própria edificação. Fiquei pensando na ironia disso tudo. O local que outrora estava dentre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo, “casa” de uma deusa, é agora o menos conservado de todo sítio arqueológico.

Um lugar bem popular em Éfeso é a dita Casa de Virgem Maria. Embora não esteja dentro das ruínas de Éfeso, diz-se que esta casa é o local onde Maria viveu seus últimos dias e é um local de peregrinação para muitos cristãos. Não há evidências arqueológicas e históricas que confirmem a exatidão desta informação. Como mais parece um caça-turistas, optamos por não visitar.

6. Pamukkale

Pamukkale, na Turquia

Tal como a Capadócia, Pamukkale parece não existir de verdade, parece um lugar concebido pela imaginação do Bobby, do “O Fantástico Mundo de Bobby” com uma pitada de “Ursinhos Carinhosos”, uma vez que o cenário se assemelha a nuvens.

Palavra de origem turca, pamukkale significa “castelo de algodão”, o que é bem apropriado dada a aparência do local.

Há cerca de 250 km de Izmir, Pamukkale está localizada na região sudoeste da Turquia, na cidade de Denizli. Deniz, em turco, significa “oceano”. E, de fato, a localidade encontra-se na região do Egeu, porém longe do litoral.

Além de sua beleza natural, Pamukkale está ao lado das ruínas da antiga cidade de Hierápolis, o que a torna um local único, já que reúne história e natureza.

Denizli é uma localidade simpática e pequena. Em apenas um dia você consegue visitar Hierápolis e Pamukkale. Minha família e eu ficamos hospedados no hotel Pamukkale White Heaven, que é super pertinho da entrada de Pamukkale. Quando comparado aos demais hotéis onde ficamos na Turquia, a estrutura deste fica aquém, até porque Denizli é uma cidade modesta. No entanto, o atendimento é muito cordial e satisfatório, os funcionários sempre demostraram muita gentileza e solicitude.

Uma peculiaridade muito interessante sobre Denizli tem a ver com o símbolo da mesma – um galo. Você encontrará souvenirs na forma de um galo por toda parte por lá. Inclusive não resistimos e levamos um! 😁

“Por que o galo é o símbolo da cidade?”, perguntou meu pai a um dos comerciantes simpáticos de lá.

Não sei como conseguimos entender e como eles conseguiram explicar já que poucos cidadãos locais falam em inglês, mas o que ocorre é que Denizli é a cidade onde habitou um galo que proferiu o cantar mais longo já documentado. É uma loucura! Está no YouTube, você pode assistir e comprovar. É muito engraçado! O galo não para mais de cantar, dá até uma agonia, parece que a garganta dele vai rachar.

Mas falando de outro tipo de espetáculo natural, andando pela rua principal de Denizli você se deparará “simplesmente” com esta vista.

Pamukkale em Denizli, na Turquia

Há algumas dicas sobre entrar em tal entrada de Pamukkale em tal horário. Mas minha família e eu preferimos não seguir muitos protocolos e chegamos no local sem muita pressa, depois de ter tomado café da manhã com calma e pouco antes da abertura do portão principal. Ficamos na fila por uns poucos minutos e uau! Logo estávamos subindo por aquela montanha de algodão.

Como é a sensação, a temperatura da água e a explicação para este local ter tal geologia?

Ótimas perguntas, vou começar respondendo a última para te contextualizar melhor quando falar das outras.

As montanhas brancas de Pamukkale parecem feitas de algodão por causa de um fenômeno natural envolvendo água quente e minerais. Por debaixo do solo, há fontes de água quente ricas em carbonato de cálcio, o mesmo material do giz. Quando essa água quente sobe à superfície e entra em contato com o ar, o carbonato de cálcio vai se depositando lentamente e se solidificando, formando camadas brancas.

Com o passar de milhares de anos, essas camadas de minerais foram se acumulando e criando piscinas naturais e terraços brancos que parecem algodão. É como se você estivesse vendo uma montanha sendo “pintada” aos poucos pela própria natureza, graças à água rica em minerais que desce lentamente, depositando o carbonato de cálcio em forma de travertino.

Esse processo acontece continuamente, e é por isso que Pamukkale continua crescendo e se mantendo com essa aparência tão única!

No decorrer da subida de Pamukkale, cujo destino final é Hierápolis, você pode se banhar nas piscinas naturais à vontade. São várias e várias! A temperatura da água é bem quentinha, cerca de 35 °C.

Essas águas são ricas em minerais como cálcio e magnésio, e acredita-se que tenham propriedades curativas para várias condições, incluindo doenças de pele e problemas reumáticos. De fato, residentes de Denizli nos contaram que há pessoas que residem nas proximidades que semanalmente vão banhar-se nas piscinas de Pamukkale por prescrição médica.

A sensação de pisar nessa rocha é uma delícia! O travertino, que é a rocha branca que encobre as montanhas, não é tão liso como parece. Em algumas partes você sentirá o solo mais áspero com uma textura semelhante a uma pedra porosa. Isso por si só é um antiderrapante natural.

Nas partes onde o carbonato de cálcio se acumulou mais, a textura é agradavelmente macia e esponjosa. A experiência sensorial é unica!

Depois, visitamos Hierápolis, uma antiga cidade greco-romana fundada no século II a.C. Enquanto cidade, Hierápolis fazia parte da Grécia antiga culturalmente, mas geograficamente sempre esteve localizada na Anatólia, uma região que hoje corresponde à maior parte do território da Turquia.

Hierápolis era famosa pelas suas águas termais, que atraíam peregrinos e doentes em busca de cura. As termas de Hierápolis foram grandiosas, utilizadas como um spa da antiguidade onde as pessoas iam relaxar, se banhar e se recuperar de diversas doenças.

Assim como as demais cidades em posse do Império Romano, Hierápolis tinha um teatro que podia acomodar cerca de 12.000 a 15.000 espectadores. É uma das ruínas mais bem preservadas e impressionantes da cidade. Seus assentos em mármore refletem a grandiosidade da cidade.

Teatro de Hierápolis, na Turquia
Teatro de Hierápolis, na Turquia – Fonte: www.worldhistory.org

O dia estava muito quente e Hierápolis possui uma extensão territorial bem avantajada. Foi quando meu pai teve a feliz ideia de contratar um carrinho de golfe lá disponível, com direito a guia local que falava um inglês elogiável.

De carrinho de golfe e com o vento refrescante no rosto, passamos por lugares que talvez o cansaço não nos permitiria alcançar. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi a necrópole de Hierápolis, uma das maiores da Turquia, com mais de 1.200 tumbas espalhadas por uma vasta área. A caminhada por esse cemitério é impressionante, ainda mais depois de o guia nos contar que os diversos terremotos que assolaram a região acabaram por revelar diversas tumbas antes não vistas.

Algumas das tumbas encontradas na necrópole de Hierápolis, na Turquia
Algumas das tumbas encontradas na necrópole de Hierápolis, na Turquia

Depois deste passeio tão historicamente nutritivo, acabamos o roteiro da melhor forma possível – nos refrescando na Piscina de Cleópatra. Acredita-se que a piscina tenha sido usada por figuras importantes da história antiga, e a lenda popular diz que a rainha egípcia Cleópatra teria nadado ali, embora não haja evidências históricas que comprovem essa visita.

Nadar nesta piscina é muito agradável. Além da relaxante água quentinha, há colunas e outros fragmentos arquitetônicos antigos submersos na água, olha que incrível! Essas ruínas teriam caído na piscina após um terremoto que destruiu parte da antiga cidade de Hierápolis no século VII d.C.

Piscina da Cleópatra em Pamukkale, na Turquia
Piscina da Cleópatra em Pamukkale, na Turquia – Fonte: www.pamukkaletours.com

E para sair de Pamukkale é necessário fazer o mesmo trajeto da chegada, ou seja, você terá outra oportunidade de desfrutar da experiência de pisar nas montanhas de algodão mas agora, com o vantajoso adendo de fazer isso com o pôr do sol de cenário.

Vale muito a pena incluir Hierápolis e Pamukkale, Patrimônios Mundiais da UNESCO desde 1988, no seu roteiro pela Turquia.

3. Fethiye

Fethiye Turquia

Localizada na costa do Mar Egeu e com cerca de 160.000 habitantes, Fethiye é detentora de praias de águas turquesa, dentre ela, Ölüdeniz, frequentemente listada entre as mais belas do mundo.

Ficamos hospedados no Pink Palace Hotel, de ótima localização – bem perto da praia e do centro da cidade. Mas o ponto alto da estadia foram as refeições. O hotel conta com uma opção de reserva com café da manhã e janta inclusos. Quando ficamos lá, a comida era maravilhosa. Eu me servia pelo menos duas vezes e enchia o prato de folhas verdes porque até a salada era maravilhosa. Na Turquia é comum incluir o funcho – as hastes com as folhas – nas refeições. E eles também usam um vinagre balsâmico de romã suuuper reduzido. Parece simples, mas estes dois últimos itens indispensáveis no meu prato faziam minha noite mais feliz.

Piscina do Pink Palace Hotel em Fethiye, na Turquia
Piscina do Pink Palace Hotel em Fethiye, na Turquia

Fethiye é um dos melhores locais para quem pratica parapente, uma vez que a vista da costa com as montanhas produz um cenário espetacular.

Outros atrativos de Fethiye são a possibilidade de mergulho nas belas águas turquesa e caminhada na Trilha Licia, uma das mais conhecidas da Turquia.

Tínhamos poucos dias em Fethiye, talvez três, não me recordo precisamente. Além disso, era final de viagem e nossa estoque de energia já não era o mesmo do início do passeio. Então, optamos por fazer poucos, longos e bons roteiros – sem hora pra sair do hotel e com a permissão de ficar no local o tempo que fosse necessário para curtirmos o momento plenamente.

Então, fomos para a praia!

Ölüdeniz, em Fethiye, na Turquia, com o detalhe das pedrinhas, ao invés de areia, encobrindo a praia
Ölüdeniz, em Fethiye, na Turquia, com o detalhe das pedrinhas, ao invés de areia, encobrindo a praia

Ölüdeniz é uma encantadora e fascinante praia com pedrinhas ao invés de areia. Sim, pedrinhas. É muito exótico e interessante a experiência de ficar numa praia com esta característica. O mar, obviamente, é incrível. Até o barulho do quebrar das ondas parece diferente. Literalmente a sensação é de estar num Paraíso.

Até que entramos na água.

Bem, não sei se é típico ou foi algo pontual, mas naquele dia o mar estava bem revolto e levamos um baita susto! Meu pai, minha irmã e eu começamos adentrar na água para sentirmos melhor o quebrar das ondas. Mas nada muito arriscado porque somos bem conservadores neste sentido.

Porém, mesmo com a água inferior à nossa altura, ondas bravas começaram a vir com muita intensidade e derrubaram nós três. O mais horrorizante é que cada vez que tentávamos levantar, outra onda brusca vinha na sequência e nos derrubava novamente. Pensei que íamos morrer e aqui cabe a ressalva de que sou bem dramática. Senti muito medo.

E lembra que te comentei que são pedrinhas ao invés de areia? Pois bem. Desta surra que levamos do mar também saímos esfolados porque cada tombo era uma raspada.

Enfim . . . chega de praia para aquele dia. Vamos procurar algo mais leve.

E definitivamente encontramos! 💙

Há poucos metros da praia, caminhando um pouco e seguindo os passos dos moradores locais – quem sempre sabe dos melhores lugares – numa breve entrada de árvores que formavam uma pequena trilha desembocamos na Lagoa Azul.

Lagoa Azul em Fethiye, Turquia
Lagoa Azul em Fethiye, Turquia

O lugar é muito envolvente. Ficamos horas por lá em companhia de vários turcos animados, porém, bem comportados que tinham como lanchinho de beira da “praia” sementes de girassol salgadas (é bem delicioso, aliás).

A água, além de quentinha, é translúcida, nem invente de fazer xixi dentro da lagoa.

Quando estávamos naquela calma e magnífica lagoa, a vontade era planejar férias de forma a voltar lá todos os anos para que esse dia não fosse o único de uma vida toda. Eu me senti plenamente alegre naquele cenário e fiquei pensando no que realmente traz realização e felicidade numa viagem – sim, fazer compras é legal, prédios modernos são interessantes; mas nada se compara às sensações que a natureza, na maioria das vezes gratuita, é capaz de te oferecer.

Minha sobrinha na Lagoa Azul, em Fethiye, Turquia
Minha sobrinha com seu boné do Beto Carreiro na Lagoa Azul, em Fethiye, Turquia

Ainda em Fethiye, visualizamos o famoso Vale das Borboletas. Este vale é isolado, acessível apenas de barco ou por uma trilha desafiadora, logo, o visualizamos do alto de uma montanha que subimos com um carro alugado.

De onde estávamos não foi possível ver nenhuma borboleta, mas lá embaixo, onde está o vale, há muitas espécies de borboletas que habitam o local. Apreciá-lo da distância de onde estávamos foi magnífico, imagina estar lá! Visualizar aquele incomparável cenário me faz pensar absolutamente em Deus e nada mais. É especialmente divino.

Vale das Borboletas em Fethiye Turquia
Vale das Borboletas em Fethiye Turquia – Fonte: unusualplaces.com

Não podíamos deixar de visitar o centro histórico de Fethiye, onde há bazares, lojas, restaurantes e cafés. É um ótimo lugar para experimentar a culinária local, comprar lembranças e explorar o estilo de vida turco. Recomendo!

Não tivemos a oportunidade de aproveitar esta faceta do local, mas Fethiye é também um ótimo lugar para praticar mergulho, com muitos operadores locais oferecendo cursos e passeios para explorar a vida marinha e os recifes de coral.

Bem pertinho de Fethiye há uma localidade que, ao meu ver, é sinistra. Em vários lugares do mundo encontraremos museus, parques e ruínas; certo? Mas em qual viagem você já visitou uma cidade fantasma?

Na Turquia tem, e ela se chama Kayaköy.

Kayakoy Fethiye Turquia
Kayakoy Fethiye Turquia – Fonte: traveltofethiye.co.uk

Como assim, cidade fantasma?

Bem, antigamente chamada Levissi, a maioria da população em Kayaköy era composta por gregos.

No início do século XX aconteceu a Guerra Greco-Turca. Em decorrência de tal conflito, houve um processo de troca de populações entre a Grécia e a Turquia em 1923 – ou seja, muitos gregos ortodoxos que lá viviam foram forçados a deixar suas casas e migrar para a Grécia enquanto turcos muçulmanos voltaram da Grécia para a Turquia.

Eis que, neste processo de migração, Kayaköy ficou permanentemente desabitada. Visitando o local é possível ver casas de pedra, igrejas, ruas e até escolas completamente deixadas ao relento. É melancólico e ao mesmo tempo fascinante caminhar por aquelas ruas desertas que um dia foram habitadas por uma vibrante comunidade.

4. Ortaca

Vista do Mar Egeu a partir do hotel Tui Seno em Ortaca, Turquia
Vista do Mar Egeu a partir do hotel Tui Seno em Ortaca, Turquia

Ortaca é uma cidade charmosa, calma e pequena, com pouco mais de 50 mil habitantes, localizada no sudoeste da Turquia, na província de Muğla.

Conhecida por suas paisagens naturais deslumbrantes, ela fica em uma região muito verde e é cercada por montanhas, rios e o mar Egeu. O rio Dalyan atravessa a cidade, e suas margens são cobertas de juncos, o que cria um visual muito pitoresco.

Ortaca está bem próxima da famosa praia de Iztuzu, também chamada de “praia das tartarugas”, um dos principais locais de reprodução da tartaruga marinha cabeçuda (Caretta caretta), uma espécie ameaçada.

A principal atividade econômica dos habitantes de Ortaca é a agricultura, sendo uma área especialmente fértil para o cultivo de frutas cítricas, como laranjas e limões, além de pomares de romãs.

O turismo também desempenha um papel importante na economia de Ortaca. Muitos moradores trabalham em hotéis, restaurantes, e no setor de transporte de turistas.

E é aqui que chegamos no que quero destacar.

Ortaca é sede de diversos resorts do estilo all inclusive. Este tipo de hotel por si só é maravilhoso. Agora imagine um hotel assim na Turquia, onde as praias são espetaculares e a comida é fantástica? E mais, onde a moeda é bem desvalorizada em relação ao real? Perfeito, concorda?

Minha família e eu ficamos hospedados no TUI BLUE Seno que pra mim foi em todos os sentidos impecável! Eu sou fã do povo turco, então logicamente achei excelente o atendimento do pessoal de todas as esferas de atendimento. Sempre atenciosos, simpáticos e cordiais. A comida era inexplicavelmente boa! Todos os pratos turcos que eu mais amava estavam ao meu dispor todos os dias, pensa na minha alegria! Há também culinária internacional para os (loucos) que não gostam de comida turca.

Os quartos são muito limpos e confortáveis, o que é um tanto quanto comum na Turquia visto que a cultura muçulmana preza a limpeza. A estrutura do hotel é lindíssima e bem atípica – ao invés de um prédio verticalizado, são diversos blocos de prédios de dois andares espalhados por uma montanha.

E no fim da descida, a estrela do show – a praia! Água limpa e morninha, cenário espetacular da montanha . . . o que mais eu poderia querer? Me senti tão afortunada!

Área privativa na praia de Ortaca do Tui Seno Hotel
Área privativa na praia de Ortaca do Tui Seno Hotel

O hotel conta com quatro piscinas, uma delas, inclusive, é bem profunda. Nas duas piscinas que ficam perto da praia, é comum você se deparar com cabras montesas, como se fossem hóspedes do hotel. É lindo ver elas subindo pela íngrime montanha.

Cabras montesas pastando no gramado do Hotel Tui Seno em Ortaca, Turquia

Outro ponto positivo do hotel é que a maioria dos hóspedes são da Alemanha e países vizinhos, um pessoal comportado e bem educado, logo, não tem aquela folia e pessoas bêbadas na piscina que, pra mim, é totalmente desnecessário.

Sempre vou indicar a Turquia como o melhor destino para passar férias ou até mesmo uma temporada. Povo querido, comida maravilhosa e cenários belíssimos. Se quiser saber mais, no que estiver ao meu alcance, será um prazer ajudar!

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