Confissões de uma mente ansiosa

Confissões de uma mente ansiosa
De uma ansiosa para outra ansiosa.

Acordei em cima do laço. Tenho trinta minutos para estar na empresa. Apertei mil vezes o soneca mesmo tendo dormido o suficiente.

Queria poder dormir o dia inteiro para silenciar a minha mente. Não me acordem nem pra comer.

Não me lembro de ter comido nada que tenha me feito mal. Mas que náusea! Não parece que vou vomitar, porém estou com um tremendo mal estar. E minha barriga está revolta como uma mar sinalizado com bandeira preta.

A vida não ficou preta e branca, pelo contrário. As cores estão vívidas demais e me perturbando.

Estou na frente do computador desnorteada como uma barata que acaba de receber uma alta dose de inseticida. Tenho um monte de coisas pra fazer, mas estou imóvel, sem saber o que fazer.

Por que esse pensamento não sai da minha cabeça? Por mais que eu me distraia, me envolva com outras coisas e converse com outras pessoas, uma parcela do meu ser está agitada em uma direção bem oposta de onde meu corpo se localiza no espaço.

Quero pensar em outra coisa, quero aplicar os métodos que aprendi com a minha psicóloga, quero executar o que fez tanto sentido naquele vídeo do YouTube que assisti, mas nada está funcionando.

Desta vez parece que o que tanto temo vai acontecer, desta vez parece tão real. Desta vez não parece uma neurose.

Estou atordoada e com muito medo.

Agitada porém entorpecida.

Queria riscar, rasgar e queimar os picotes de minha lista de coisas a fazer e depois dar um grito bem forte e bem alto! E deletar meu WhatsApp que fica notificando todo o tempo como uma criança birrenta. Não quero falar com ninguém pelo medo de que me solicitem alguma coisa, ou expressem uma queixa, ou contem uma notícia que aumente meu pavor pela vida.

Deus, preciso tanto de sua paz e seu consolo, mas não consigo me concentrar para fazer minhas orações.

Preciso estar aqui porque tenho que retirar esse enorme e pesado elefante da minha sala, mas queria desaparecer como a areia que se esvainece ao ser tocada pelo vento.

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Uma resposta

  1. “Não quero falar com ninguém pelo medo de que me solicitem alguma coisa, ou expressem uma queixa, ou contem uma notícia que aumente meu pavor pela vida.”

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