Uma conversa sobre Vincent van Gogh

Um auto retrato de Vincent van Gogh - Fonte: Van Gogh Museum
Conheça melhor a vida e a arte de um dos pintores mais sensíveis e geniais da História, Vincent van Gogh.

Nascido em Groot-Zundert, Holanda, Vincent van Gogh é um dos artistas mais famosos de todos os tempos. Atualmente, suas obras são vendidas por centenas de milhões de dólares.

No entanto, acredita se eu disser que, durante sua vida, van Gogh era praticamente desconhecido e se considerava um fracasso?

Acompanhe-me no relato de vida, carreira e devaneios do célebre criador de “Girassóis” e “A Noite Estrelada”.

A infância de van Gogh

Vincent van Gogh nasceu na vila de Zundert, na Holanda, em 30 de março de 1853. Filho do ministro protestante Theodorus van Gogh e Anna Carbentus, van Gogh veio ao mundo exatamente um ano depois do primogênito da família, também chamado Vincent, que infelizmente nasceu morto.

Depois de Vincent, Theodorus e Anna, tiveram mais cinco outros filhos: Anna, Theo, Wil, Lies e Cor. A família van Gogh fazia caminhadas frequentes na área ao redor de Zundert, ajudando a incutir no futuro artista um grande apreço pela natureza.

Aos onze anos, Vincent foi transferido da escola da aldeia em Zundert para um internato em Zevenbergen.

Van Gogh sentia-se profundamente infeliz lá, mas conseguiu concluir o ensino fundamental. Ele desenhava de vez em quando, mas ainda havia poucos sinais de qualquer talento artístico especial.

Aos treze anos, Vincent frequentou a escola secundária em Tilburg, onde obteve boas notas, especialmente em línguas.

Mesmo assim, ele abandonou os estudos no meio do segundo ano acadêmico por razões desconhecidas e nunca mais voltou para a escola.

A adolescência e vida adulta de van Gogh

Aos dezesseis anos, Centi – o tio de van Gogh – encontrou um emprego para o jovem sobrinho como estagiário na Goupil & Cie, uma das mais importantes e influentes galerias e comércio de arte do século XIX.

Em 1873, Theo, o caçula da família van Gogh, também começou a trabalhar para a Goupil & Cie, porém na filial de Bruxelas, capital da Bélgica. Neste mesmo ano, Vincent foi transferido para a filial londrina da empresa. Desde então, iniciou-se um período de correspondências por cartas entre os irmãos van Gogh que se estendeu pelo resto da vida deles.

Durante o período que permaneceu em Londres, Vincent visitou instituições famosas como o Museu Britânico e a Galeria Nacional. Ele admirava muito as obras de “pintores camponeses” como François Millet e Jules Breton. Vincent também era um assíduo leitor – lia desde guias de museus até literatura poética.

Em 1875, Vincent van Gogh foi transferido para Paris. Lá, se tornou cada vez mais religioso. As cartas que ele escreveu para Theo nesta época estão cheias de citações bíblicas e relatos de cultos e sermões que ele assistia.

Apesar do seu interesse pela arte, Vincent não estava contente com seu trabalho no escritório. O sentimento da Goupil & Cie era recíproco e em 1876, van Gogh foi demitido.

Após sua demissão, Vincent passou pela Inglaterra, onde trabalhou pregando em escolas e aldeias; e por Amsterdã, onde estava se preparando para fazer o vestibular para Teologia.

Mas o jovem van Gogh não tinha disciplina para estudar e acabou por novamente deixar de lado os estudos.

No seu coração, no entanto, Vincent ainda tinha o sincero desejo de servir a Deus.

Então, em 1879, com cerca de 26 anos, van Gogh partiu para uma missão na Bélgica, onde trabalhou como pregador leigo na região mineira de Borinage. Ele ensinava, visitava os enfermos e proferia leituras bíblicas.

Vincent viveu entre os mineiros e suas famílias no Borinage, partilhando a sua pobreza. Ele dormia no chão e doava seus pertences. Sua dedicação foi tanta que foi apelidado de “O Cristo da Mina de Carvão”.

No entanto, ele não conseguiu estabelecer uma comunidade unida de fiéis e o seu contrato não foi renovado.

O início da carreira artística de van Gogh

Vincent frequentemente incluía pequenos esboços nas cartas que enviava ao seu irmão Theo. Geralmente tratavam-se de desenhos do que ele tinha experenciado.

Foi então que Theo aconselhou o irmão mais velho a dedicar todo seu foco à arte. Vincent por fim percebeu que poderia servir a Deus como artista.

Então, em outubro de 1880 mudou-se para Bruxelas, onde começou a aprimorar sua técnica de desenho e a contatar outros artistas. Como não tinha mais um emprego remunerado, seu irmão Theo lhe enviava dinheiro.

Na primavera de 1881, Vincent voltou a morar com seus pais, que agora habitavam em Etten, na Holanda.

Ele praticava desenho e frequentemente trabalhava ao ar livre. Enquanto isso, seu irmão, Theo, foi nomeado gerente da Goupil & Cie em Paris. Ele apoiava Vincent financeiramente para que ele pudesse se concentrar inteiramente em sua arte.

Diferente do irmão, quem não estava nada contente com a escolha de Vincent eram seus pais. Eles tinham o conceito de que ser um artista era sinônimo de fracasso social.

Pouco contribuiu para a paz na residência van Gogh o fato de Vincent ter se apaixonado por sua prima viúva, Kee Vos. Apesar de ela não ter interesse no rapaz, Vincent persistiu nas investidas, o que causou uma briga com seu pai que, por sua vez, resultou em mais um episódio em que Vincent saiu de casa.

“Papai não consegue ter empatia ou simpatizar comigo, e não consigo me adaptar à rotina do papai e da mamãe, é muito restritivo para mim – me sufocaria.” – Vincent para Theo, Etten, por volta de 23 de dezembro de 1881

Foi em Haia, no sul da Holanda, onde van Gogh encontrou um novo lar.

Lá, ele teve aulas de pinturas com o célebre artista Anton Mauve. Van Gogh sentiu que sua técnica de desenho ainda não era boa o suficiente, então ele passou a praticar fanaticamente.

Que emocionante foi quando Vincent recebeu a sua primeira encomenda: um tio pediu doze desenhos de vistas da cidade de Haia. A série lhe deu a oportunidade de desenvolver suas habilidades de perspectiva. Mauve ensinou ao artista os fundamentos da pintura em aquarela e a óleo, e Van Gogh visitava seu estúdio quase todos os dias.

No início de 1882, quando tinha 29 anos, Vincent van Gogh conheceu Sien Hoornik, que se tornou sua modelo e amante.

Os amigos e familiares de Vincent – incluindo Mauve – ficaram chocados, pois Sien era uma ex-prostituta. Além disso, ela estava grávida e já tinha uma filha de cinco anos.

Vincent sentia pena da situação de Sien e estava determinado a cuidar dela. Eles alugaram um estúdio onde moravam ele, Sien, sua filha e o novo bebê.

Theo não aprovou a escolha do irmão, mas mesmo assim, continuou a apoiá-lo financeiramente.

O relacionamento de Vincent e Sien durou um ano e meio, quando van Gogh decidiu romper com ela.

“Eu sabia desde o início que a personagem dela era uma personagem arruinada, mas tinha esperanças de que ela se recuperasse e agora, justamente quando não a vejo mais e penso nas coisas que vi nela, cada vez mais percebo que ela já estava longe demais para se recompor.” – Vincent para Theo, Hoogeveen, por volta de 14 de setembro de 1883

Após a separação, Vincent viajou para o interior de Drenthe, também na Holanda, para desenhar e pintar as suas vistas das vegetações locais. Porém, depois de menos de três meses, a chuva, o frio e o isolamento levaram van Gogh de Drenthe para a nova casa dos seus pais, na aldeia de Nuenen.

Mal imaginava van Gogh que ele entraria num cenário que daria origem à uma de suas mais famosas artes.

Inspirado pelo realidade que o circuncidava, Vincent van Gogh passou a esboçar e pintar agricultores, tecelões e trabalhadores rurais.

No início de 1884, van Gogh propôs a seu irmão, Theo, a dar as obras de arte que produzia em troca de uma mesada.

“Agora tenho uma proposta a fazer para o futuro. Deixe-me enviar-lhe meu trabalho e você receberá o que quiser dele, mas insisto que posso considerar o dinheiro que receberia de você depois de março como o dinheiro que ganhei.” – Vincent para Theo, Nuenen, por volta de 15 de janeiro de 1884

A ideia era que Theo vendesse as pinturas no mercado de arte de Paris, mas o plano não deu em nada: o gosto francês preferia a cor, e o trabalho de Vincent tinha um tom nitidamente escuro.

Isso mudaria, mas não por enquanto.

Os pais de Vincent achavam difícil conviver com o filho mais velho. Ele era teimoso e não se vestia bem.

Pouco depois da morte de seu pai, no final de março de 1885, van Gogh deixou a casa da família e mudou-se para seu estúdio, onde começou a trabalhar em uma de suas mais conhecidas obra de arte, “Os Comedores de Batata” (De Aardappeleters).

The Potato Eaters De Aardappeleters Os Comedores de Batata de Vincent Van Gogh
Os Comedores de Batata (De Aardappeleters), de 1885 – Fonte: van Gogh Museum

Van Gogh viu os “Comedores de Batata” como uma prova de que ele estava a caminho de se tornar um bom pintor.

Sua intenção era retratar a dura realidade da vida no campo, por isso deu aos camponeses rostos rudes e mãos ossudas.

Ele pintou os cinco personagens em cores terrosas – “algo como a cor de uma batata bem empoeirada, com casca, é claro”, de acordo com o genial artista.

Para van Gogh, a mensagem da pintura era mais importante do que a anatomia correta ou a perfeição técnica.

Ele ficou muito satisfeito com o resultado. No entanto, sua pintura atraiu críticas consideráveis uma vez que as cores utilizadas eram muito escuras e as figuras, cheias de erros.

Naquele ano, mais tarde, van Gogh decidiu matricular-se na academia de arte de Antuérpia, na Bélgica, e deixou a Holanda, país para onde nunca mais voltaria.

Antuérpia tinha muito a oferecer a Vincent: bons materiais, clubes de desenho com maquetes, museus e galerias repletas de arte. As aulas de desenho que frequentou na academia eram, porém, tradicionais demais para ele.

“Na verdade, acho todos os desenhos que vejo lá irremediavelmente ruins – e fundamentalmente errados. E eu sei que os meus são totalmente diferentes – o tempo só terá que dizer quem está certo. Droga, nenhum deles tem qualquer noção do que é uma estátua clássica.” – Vincent para Theo, Antuérpia, 19 ou 20 de janeiro de 1886


Pouco tempo depois, Vincent combinou com Theo uma visita à Paris para ter aulas no ateliê de Fernand Cormon – artista muito procurado pelos estudantes estrangeiros.

Theo começou a procurar um apartamento grande o suficiente para ele e seu irmão, mas antes que pudesse encontrar um, Vincent apareceu em Paris sem avisar no final de fevereiro de 1886.

Da escuridão para a luz

Theo era gerente dos negociantes de arte Goupil & Cie na Boulevard Montmartre, em Paris. Ele apresentou a seu irmão mais velho o colorido trabalho de artistas modernos proeminentes, como Claude Monet. Vincent van Gogh também conheceu uma nova geração de artistas no estúdio de Fernand Cormon, incluindo Henri de Toulouse-Lautrec e Emile Bernard.

Todas essas novas impressões e novas pessoas inspiraram e influenciaram seu próprio trabalho. Os tons escuros de “Os Comedores de Batatas” rapidamente deram lugar a cores mais vivas, como em “A Colina de Montmartre com Pedreira” (De heuvel van Montmartre met steengroeve), ilustrada abaixo.

A Colina de Montmartre com Pedreira De heuvel van Montmartre met steengroeve, de Van Gogh


Sob a influência da arte moderna, o trabalho de Vincent van Gogh se tornou cada vez mais brilhante em Paris.

Além de usar cores mais vivas, o artista passou a desenvolver um estilo próprio de pintura, com pinceladas curtas.

Os temas de suas artes também mudaram.

Trabalhadores rurais deram lugar aos cafés e avenidas, campos ao longo do rio Sena e naturezas-mortas florais.

Foi também em Paris que ele descobriu uma fonte de inspiração que muito lhe impactou, as xilogravuras japonesas.

Xilogravura é uma técnica de impressão de arte em blocos de madeira. Geralmente ilustravam vibrantes e detalhadas paisagens, cenas da vida cotidiana e belas mulheres.

Um exemplo de xilogragura que inspirou van Gogh foi “A Grande Onda de Kanagawa“, de Katsushika Hokusai. Vincent admirava a forma como Hokusai capturava a natureza com simplicidade e força visual.

A influência dos contornos ousados, recortes e contrastes de cores desse tipo de arte japonesa transpareceu imediatamente no trabalho de Vincent van Gogh.

No entanto, depois de dois anos, Vincent começou a se cansar da vida frenética da cidade de Paris.

“Parece-me quase impossível poder trabalhar em Paris, a menos que se tenha um refúgio onde se possa recuperar a paz de espírito e a autocompostura. Sem isso, você ficaria totalmente entorpecido. – Vincent para Theo, 21 de fevereiro de 1888

Van Gogh ansiava pela paz do campo, pelo sol, pela luz e pela cor das paisagens japonesas, que esperava encontrar na Provença, no sul de França.

Após uma viagem de trem que durou um dia e uma noite, ele chegou em 20 de fevereiro de 1888 a Arles, no sul da França, uma pequena cidade às margens do rio Ródano.

Através de sua arte, podemos até mesmo saber como era o quarto onde o artista ficava, pois foi neste local, Arles, onde nasceu a emblemática pintura “O Quarto de Arles”.

Vincent van Gogh Bedroom In Arles O Quarto de Arles
O Quarto de Arles, 1988 – Fonte: van Gogh Foundation

A memorável obra de arte mostra seus móveis simples, com cores contrastantes – embora pesquisas científicas mostrem que as cores que vemos hoje são resultado da descoloração ao longo do tempo. A falta de perspectiva foi concebida pelo artista como uma forma de achatar os volumes para se assemelharem a uma gravura japonesa. Sobre o efeito esperado com esta arte, van Gogh escreveu ao seu irmão Theo dizendo que “olhar para a pintura deve descansar a mente, ou melhor, a imaginação”.

Vincent ficou encantado com a luz e as cores brilhantes da nova cidade onde passou a habitar e começou a trabalhar com entusiasmo, pintando pomares e trabalhadores. Fez também uma viagem ao litoral, onde pintou os barcos.

Seu estilo tornou-se mais solto e expressivo, como podemos perceber nas duas encantadoras artes abaixo.

A Colheira e Barcos de Pesca na Praia de Les-Saintes-Maries-de-la-Mee, de Vincent van Gogh
“A Colheita” e “Barcos de Pesca na Praia de Les Saintes-Maries-de-la-Mee”, ambos de 1988
Fonte: van Gogh Museum

Vincent contou para seu irmão, através de cartas, sobre o seu plano de criar o “Estúdio do Sul”, em Arles, a fim de juntar um grupo de artistas cujo trabalho Theo pudesse vender em Paris.

“Você sabe que sempre achei ridículo que os pintores vivessem sozinhos, etc. Você sempre perde quando está isolado.” Vincent para Theo, Arles, 28 ou 29 de maio de 1888

Com este “ateliê de artistas” em mente, van Gogh alugou quatro quartos na Casa Amarela, situada na Place Lamartine, em Arles. Tratava-se de uma casa de dois andares com uma fachada amarela vibrante, o que lhe conferiu o nome.

Após muita bajulação, Paul Gauguin (1848-1903), um artista francês, chegou à Casa Amarela no final de outubro de 1888. Theo teve que arcar com suas despesas de viagem, mas ficou feliz em poder ajudar seu irmão.

“Então Gauguin está vindo; isso fará uma grande mudança em sua vida. Espero que os seus esforços consigam fazer da sua casa um lugar onde os artistas se sintam em casa.” – Theo para Vincent, Paris, 19 de outubro de 1888

Foi neste período de sua vida, durante sua estada em Arles, que van Gogh criou uma série de cinco pinturas de girassóis em um vaso, usando apenas tons de amarelo e um toque de verde. O intuito das artes era decorar a casa para a chegada de Gauguin.

Ele escreveu que, para ele, os girassóis representavam gratidão. Paul Gaugin gostou muito desses quadros e pediu a van Gogh uma das pinturas, que lhe foi dada. Hoje, esta cópia está no Museu van Gogh, em Amsterdã.

Girassóis (Tournesols), de Vincent Van Gogh, 1889
Girassóis (Tournesols), 1889
Fonte: Vincent van Gogh Foundation

Van Gogh e Gauguin trabalharam arduamente juntos e tal parceria resultou em algumas pinturas excepcionais.

Ao mesmo tempo, no entanto, os dois tinham opiniões muito diferentes sobre a arte, o que levou a discussões frequentes e acaloradas:

“Gauguin e eu conversamos muito sobre Delacroix, Rembrandt, etc. A discussão é excessivamente elétrica. Às vezes saímos disso com a mente cansada, como uma bateria elétrica depois de descarregada.” – Vincent para Theo, Arles, 17 ou 18 de dezembro de 1888

Gauguin trabalhava principalmente a partir da memória e da imaginação, enquanto Vincent preferia pintar o que via à sua frente. Seus diferentes estilos fizeram com que a tensão entre eles aumentasse continuamente.

Quando Gauguin ameaçou partir, a pressão chegou ao ápice. Van Gogh ficou tão perturbado que ameaçou o amigo com uma navalha. Mais tarde naquela noite, ele cortou a própria orelha na Casa Amarela, a embrulhou em um jornal e a apresentou a uma prostituta em um bairro de prostituição próximo.

A partir de então, as coisas se encaminhariam para o triste fim de um sonho. Mas essa parte ficará para a continuação desta empolgante conversa sobre o ilustre Vincent van Gogh.

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Uma resposta

  1. Quando li o título do post a primeira coisa que me passou pela mente foi: “Ah sim, Van Gogh, aquele que cortou a própria orelha”, talvez graças a minha professora do fundamental que, enquanto não estava nos fazendo desenhar o Radicci, nos fazia pintar o quadro do quarto do Van Gogh que, como dizia ela, era um solitário depressivo. Sempre achei linda a arte dele, mas não entendia o “alvoroço” causado por ela. Mas graças a esse post, fui tocada pela arte de Vincent Van Gogh. As frases “…Vincent por fim percebeu que poderia servir a Deus como artista”; “Para van Gogh, a mensagem da pintura era mais importante do que a anatomia correta ou a perfeição técnica” e “…Você sempre perde quando está isolado”, fez com que admirasse o tipo de homem que ele era. Ele era tão estranho e encantado. Ele sabia que era muito bom no que fazia, mas também humilde por deixar que novos ares influenciassem suas pinturas; a empatia ao tentar “salvar” uma pessoa irrecuperável e a sabedoria de deixar ir ao entender que ela não queria ser salva; a relação tão próxima com o irmão mais novo e o fato de ele ter permitido que os seus papéis se invertessem; todos os pequenos detalhes tão lindamente explicados… Tirou até meu trauma da pintura do quarto de Arles agora que sei que o objetivo dele era “descansar a mente, ou melhor, a imaginação”. Parabéns Su! Você também é uma artista talentosíssima em sua arte 🩷 Esperando ansiosamente por mais de suas criações 🫶

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